Política

O ex-diretor-geral da ANP e professor da PUC-Rio, David Zylbersztajn, acredita ser pouco provável que a Petrobras repasse a alta recente do barril brent no mercado internacional. No dia 25 de setembro, estava US$ 82. Na sexta-passada, bateu US$ 98. Hoje, às 8h30, estava em US$ 94.

“Se pegar o histórico recente, a subida de preço é sempre mais lenta do que a redução. Deveriam subir, mas não acredito em conto de fadas. Pouco provável que mexam nesse valor, o que seria ideal porque a Petrobras está perdendo dinheiro”, disse o ex-diretor.

O governo baixou o preço da gasolina na marra impondo a redução dos impostos aos estados. E, a poucos dias do segundo turno, o governo pressiona a Petrobras para que segure os preços. De acordo com reportagem divulgada no jornal O Globo, pensam em trocar membros da diretoria ainda mais aliados ao presidente Bolsonaro.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o óleo diesel está com defasagem de -10% e a gasolina, de -8% (dados de ontem, dia 11). Além das altas sucessivas da gasolina e diesel, pesa ainda a alta do câmbio que continua em um patamar acima dos R$ 5,20. Privatizada, a refinaria da Bahia elevou os preços do diesel e da gasolina.

Ana Carolina Diniz – O Globo

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